segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Recomecei


Esse será o primeiro passo para libertar meu coração.

Depois de um ano muito pensado, bem realizado, mas não finalizado, continuo por aí... nas ruas que me levam sempre de volta ao interior de quem nunca me deixou só... a própria Michele.
Só eu sei o que de verdade sinto e viva estou, com os outros ao meu redor, ou aos meus pés, ou sobre mim.


Compartilho aqui esse sentimento que, mesmo que não faça sentido para uns, certamente fará sentido para alguém.

Escrevi o que vem a seguir, para uma única pessoa, e somente dela isso continuará sendo. Relevem. Apesar de importante, já não faz mais parte de mim. Disseram-me, uma vez, que uma mentira dita 1000 vezes se torna verdade. Espero ao final da leitura 1000 (mesmo que alheia a mim), ter realizado meu desejo ("apesar de importante, já não faz mais parte de mim").



SEM TÍTULO

Quando te conheci, nem sei o que senti
Porque você não se fez ver para mim
Quando os primeiros meses passaram
Não fizeram diferença
Porque a minha vida era igual ao que era
E você não me fez ver
Então, o outono me revelou novamente
E te omitiu de tal forma que
Quando o inverno apontou, você chegou
Porque você se fez ver para mim
Na timidez da nossa amizade
Enraizou-se o (meu) sentimento
E sem querer, sem preceber, eu gostei
O ano chegou ao fim e a minha vida mudou
Com as mudanças eu não me acostumei
E para você, eu me entreguei.

[19/03/2008]

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

(Excesso de) Comodismo – privilegiar o próprio bem estar e conforto; comportamento daquele que foge das dificuldades; egoísmo (pejorativo)

Seu egoísta!” Quem já não escutou esse chamativo de outrem, que arremesse o que estiver mais perto. E você nem precisa estar apaixonado ou ser amado para ser alvo de tal ‘inquisição’. Você precisa, tão e somente, estar inserido na comunidade ou ser um societário. Todos estamos ou o somos.

Está muito difícil para acompanhar o raciocínio? Então você está um tanto quanto acomodado! Pare por aqui! Não siga adiante, porque o trânsito estará um caos. Trânsito de informações, idéias e questões.

Se, vivemos em sociedade, convivemos e trocamos conhecimento. Não?! Parece estar acontecendo o contrário. Cada vez o egoísmo velado é mais aparente. É cômodo o simples gesto de passar todos os dias pela mesma ponte e fechar os olhos para debaixo dela. Pressa - inimiga da busca pela perfeição – e ter pressa. Todos os dias, o dia todo, e nunca muda; é fácil, é favorável, é cômodo. Deixar a vida e a rua passarem despercebidas pela sua memória e imaginação.

O excesso de comodidade é viciante. Você já acorda o dia com um “aiiiiiiiiiiiiiiii, que preguiça”! E ao invés de ler o jornal, fica só mais cinco minutinhos na cama e sai em cima da hora. Logo você estará lendo minuto a minuto, on line, os fatos mais importantes do dia - de minuto a minuto, não se esqueça.

Você poderia ir de ônibus hoje, afinal é o seu rodízio! Não, prefere sair mais cedo ou em cima da hora (de novo, porque dormir demasiado, quando se tem a oportunidade, é merecido) e corta as avenidas da cidade para não ganhar uma multa. E depois fica até mais tarde no trabalho - adiantando o serviço ou fazendo hora extra, assim une o útil ao agradável -não se cansa de esperar o ônibus na hora do rush e ainda ganha um dinheiro extra no fim do mês. Recompensador! Necessário? E é nesse dia que você perde aquela aula interessante ou aquele momento especial, com outras pessoas.

Os gestos automáticos sobrepõem as discussões. “Oi, tudo bem”, “tudo e você”, “tudo bem também”, “ah, então ta, até mais“, “até”... o elevador que chega (a escadaria), o sinal que abre (o encontro), a buzina (o aceno), o caixa eletrônico (a troca), o fast-food (a mesa redonda), o microondas (o fogão) , café expresso – tá bom, esse é indiscutível, pula – miojo (bater a massa), baladas (festas). Quem sobreviveu até aqui, pare e pense, qual a diferença?!

Passar e se relacionar. Ver e perceber. Poder e querer. Jogar e participar. Colher e acolher. Ganhar e dar.

Ou nada te satisfaz?! Tanta coisa para fazer, ” você se perde no meio de tanto medo”, que não faz. Senta no seu quarto e o tempo voa, “lá fora a vida passa”, e você aqui à toa, “Eu já tentei de tudo mas não tenho remédio pra livrar-me deste tédio”.

Não criar vínculos nem coragem de mudar aquilo que acha errado, até porque dá o maior trabalho discutir uma relação. Faz bem para o bem estar próprio apenas, ouvir um causo e reproduzir a história?! É mais seguro apenas, reproduzir a sensação... Por isso, assiste as luzes da programação 24 horas e on line. Porque as sombras da cidade fariam você trabalhar mais, por algo melhor e maior do que seu próprio umbigo.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Introdução / Abstract


Hoje é comemorado o Dia Mundial do Rock. Mas eu sei que preciso iniciar o meu blog, falando um pouco de mim! Ou, não, quem inventou isso? Ou sim, por isso falar de música também é falar de mim. Assim como falar de cinema, família, coração, cidade e enfim, jornalismo.
E contar ... causos, aqueles mesmos que acontecem por acaso, ao acaso, quando você menos imagina. Ontem fui vítima de um. Após dias acordando ao 12h
(estou de férias, tá), depois de uma boa balada ou só uma leve hibernação, e indo trabalhar direto, sem fazer mais nada da vida (exceto Escola da Família - q não pára nunca), eis que levanto 6h30 para ir ao encontro de minhas amigas da comissão de formatura, Luiza e Paulinha. Acordei num sinistro bom humor. Visitamos o 1° local, comemos brownie na Bella Paulista e pegamos a Marginal, no carro do Diego. Já era, sei lá, 10h, toca meu celular: minha mãe, o oráculo, perguntando onde estávamos e se estava tudo bem! Segundos depois, o Diego está mudando de faixa e "crash, pá, pum, crash", somos atingidos por dois caminhões. Marginal, em frente ao Shopping D. Nervosos, porém e graças sem nenhum arranhão aparente, todos os envolvidos saem de seus carros. 5 veículos no total. O último logo foi embora. A mulher do bobe e da bota aberta, q bateu atrás da carreta que nos atingiu, teve a frente do carro destruída. O carro do Diego, a lateral direita toda ferrada. A porta já não abria mais e o vidro não subia. Os caminhões nada sofreram. E mesmo assim o tio do chinelo e chapéu de paina preto, o paparazzo de pré-pago e o orador da procissão, causavam ao nosso herói que tão bravamente segurou o carro para que ele não rodasse para o meio da via expressa. E alguém ainda comentou: " graças a Deus que fui ligeiro e desviei ao máximo, se não esses quatro garotos já estavam mortos". Enfim, apenas danos materiais, além do grande susto. Contando não parece desastroso, e não foi. A não ser para quem presenciou (o momento é marcante), e depois, quando você sai da anestesia do local e percebe que por uma outra manobra qualquer, todos ali estariam envolvidos de outra forma. E que para morrer basta estar vivo. Por isso é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, ser feliz do seu jeito, acreditar no que você acredita (entendeu?!), escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho e etc. Porque a vida é tão rara!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Música, please.



Lenine - Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida e tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara(Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não)

(Solo - piano - 17seg)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara(tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para(a vida não para não...a vida)